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Maryse Condé é nossa referência

Maryse Condé é uma reconhecida escritora francesa, feminista e ativista, difusora da história e a cultura africana no Caraíbas. Destaca-se por sua vasta produtividade como autora e por sua versatilidade para escrever ficção histórica, contos, novelas, ensaios, poemas e outros gêneros.

Nascida como Maryse Boucolon em Pointe-à-Pitre, Guadalupe, foi a menor de oito irmãos. Depois de graduar-se na escola secundária foi enviada ao Lycée Fénelon e à Sorbonne Nouvelle em Paris, onde obteve um doutorado em Literatura Comparada.


As novelas de Condé exploram assuntos raciais, de gênero e culturais numa variedade de eras históricas. Entre as suas obras mais conhecidos, podemos destacar Segu (1984-1985), discernindo sobre o Império de Bambara em Mali do século XIX, a memória e o entrecruze destes povos, de seus deuses ancestrais. Na novela, Dusika Taoré, um chefe africano, não poderá evitar que as famílias se desintegrem no reino de bamabara e experimentem a escravidão, a conversão a uma nova religião e o colonialismo. Todo isso desde um ponto de vista político e questionador da diáspora.


Também tem enfrentado os Julgamentos de Salem em Eu, Tituba: Bruxa Negra de Salem (1986) e na construção no século XX do Canal de Panamá e sua influência na crescente classe média centro-americana na árvore da vida (1992). Suas novelas centram-se nas relações entre os povos africanos e a diáspora, especialmente no Caraíbas. Tem tomado uma distância considerável da maioria dos interesses dos movimentos literários caribenhos, como a negritude, abordando com frequência temas com uma forte visão feminista. Ativista tanto em seu trabalho como em sua vida pessoal, Condé admitiu: "não poderia escrever qualquer coisa... a não ser que tenha uma importância política segura". Suas obras posteriores tomaram um giro autobiográfico, como Memórias de Minha Infância e Vitória, uma biografia de sua avó. Quem cortou a garganta de Celanire tem também rastros de sua bisavó paterna.



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