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Maria Firmina é nossa referência (bio)

  • Foto do escritor: afromemoriasatuais
    afromemoriasatuais
  • 1 de nov. de 2018
  • 1 min de leitura

Maria Firmina dos Reis (São Luís, 1825 — Guimarães, 1917) foi considerada a primeira romancista brasileira.

Em 1859, publicou o romance Úrsula, considerado o primeiro romance de uma autora do Brasil. Em 1887, publicou na Revista Maranhense o conto "A Escrava", no qual descreve um participante ativa da causa abolicionista.


Maria Firmina desconstrói igualmente uma história literária etnocêntrica e masculina até mesmo em suas ramificações afrodescendentes. Úrsula não seria apenas o primeiro romance abolicionista da literatura brasileira mas é também o primeiro romance da literatura afro-brasileira, que tematiza o negro a partir de uma perspectiva interna e comprometida politicamente em recuperar e narrar a condição do ser negro no Brasil.


Aos 54 anos de idade e 34 de magistério oficial, um anos antes de se aposentar, Maria Firmina fundou, em Maçaricó, a poucos quilômetros de Guimarães, uma aula mista e gratuita para alunos que não podiam pagar: conduzia as aulas num barracão em propriedade de um senhor de engenho, à qual se dirigia toda manhã subindo num carro de boi. Lá, lecionava às filhas deste, aos alunos que levava consigo e a outros que se juntavam.


Maria Firmina dos Reis participou da vida intelectual maranhense: colaborou na imprensa local, publicou livros, participou de antologias e, além disso, também foi música e compositora. A autora era abolicionista. Chegou também a escrever um "Hino da Abolição dos Escravos".


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